Não há como descarregar os cartões digitais para o transporte coletivo

Não há como descarregar os cartões digitais para o transporte coletivo, pelo menos até o momento. Para muita gente a única alternativa será freqüentar os ônibus lotados que vivem quebrando ou perderão o direito ao vale transporte provenientes das empresas.

A reportagem de O TEMPO percorreu algumas vias do centro da cidade e flagrou o comércio dos vales de papel, próximo aos pontos de embarque e desembarque das linhas que ligam cidades da Grande Belo Horizonte à capital. Na esquina da avenida Amazonas com rua Tupis, a novidade foi vista com receio pelos vários vendedores clandestinos, que anunciavam, em cartazes improvisados, a venda de vale-transporte.

Um deles, que pediu para não ser identificado, disse que é morador de Ibirité e comercializa as passagens naquele ponto há pelo menos seis anos. "A minha renda mensal é quase R$ 1 mil. Tenho quatro filhos para sustentar. Se eu não puder mais vender valestransporte, vou vender outra coisa", garantiu.

Ontem, durante o lançamento do novo modelo de cobrança, o Sindicato da Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) prometeu implementá-lo integralmente até outubro próximo. De acordo com o presidente da entidade, Rubens Lessa, depois da fase de testes começa a comercialização do cartão (entre maio e junho). "A bilhetagem vai diminuir a evasão e teremos mais segurança e conforto", disse.

Quem ganha bons salários poderão continuar vindo em seus confortáveis veículos enquanto a maioria da população que trabalha muito e precisa de maior conforto e tranqüilidade no transporte para aliviar um pouco o cansaço estará sujeita a ampliar o estresse e tempo nos coletivos.

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