Novo Fit 1.5 Flex automático perde desempenho

Novo Fit 1.5 Flex automático perde desempenho - Em julho, Sho Minekawa, presidente da Honda, reconheceu à Folha saber que o brasileiro reclamava da não-existência do Fit com motor 1.5 bicombustível. A nova geração do monovolume resolveu esse problema, mas o consumidor pode continuar insatisfeito.

Além de o carro ter ficado R$ 5.500 mais caro, o desempenho piorou. Segundo o teste Folha-Mauá, o Fit --que trocou o câmbio continuamente variável pela caixa automática tradicional-- ficou 1,92s mais lento na aceleração até 100 km/h. Na retomada entre 60 km/h e 120 km/h, exigiu 2,52s a mais.
A piora também aparece no consumo de gasolina na cidade, sempre um mérito do Fit. Ele passou de 12,5 km/l para 10,3 km/l -com álcool, registrou 7,4 km/l, média bastante comum com esse combustível.

A melhora veio só na estrada, onde o Fit rodou 500 m a mais com um litro de gasolina --a outra evolução foi os 20 cm a menos na frenagem a 40 km/h.
Tudo isso ocorreu com um motor 1.5 10 cv (cavalos) mais potente e com 0,6 kgfm a mais de torque (força). As maiores alterações, porém, foram feitas no motor 1.4, agora 16 válvulas e com 100 cv --eram 80 cv.

Questionada sobre a queda de desempenho, a Honda justifica que, além de ser um veículo maior, o novo Fit enfrentou duas condições adversas.
Enquanto o anterior passou pelos testes com quase 20 mil quilômetros, o novo não tinha rodado nem 2.000 quilômetros. Segundo a fábrica, a diferença de 1,5C na temperatura ambiente interferiu no desempenho por afetar a quantidade de ar admitida no motor.

De qualquer forma, o Fit é um carro completamente novo --e ser novidade é sempre um importante argumento de venda. Lançado inicialmente em 2003, o monovolume cresceu 7 cm, o que reflete um entreeixos 5 cm maior. Assim, o Honda melhorou uma de suas maiores qualidades: o espaço interno.

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