Renault avalia cortar 4.000 empregos na França

Renault avalia cortar 4.000 empregos na França - O comitê da montadora francesa Renault foi "informado e consultado" hoje sobre o plano de corte inicial de 4.000 empregos na França, em uma medida que será ainda discutida em 18 de setembro.

O plano apresentado nesta segunda-feira na França é "fundamentado unicamente no caráter voluntário" e afetará 3.000 pessoas "não ligadas diretamente à fabricação, das quais cerca de 1.000 são da fábrica de Sandouville, incluindo o pessoal de produção".

Sandouville, no norte do país, é uma das fábricas com menor atividade. As medidas serão iniciadas até 30 de abril de 2009, disse a fabricante em comunicado.

O plano, anunciado pela Renault em julho, é desenvolvido em resposta à "deterioração brutal" do mercado automobilístico na Europa.

O anúncio do comitê da empresa coincidiu com a apresentação aos concessionários do grupo da nova versão do Mégane Sedan, que inicialmente será construído nas fábricas que da montadora em Palencia (Espanha) e em Douai (França).

O plano prevê que os trabalhadores que abandonarem o grupo por motivos profissionais ou pessoais receberão uma indenização equivalente ao salário de seis meses se deixarem a Renault antes do fim de 2008, quatro meses se saírem até o fim de fevereiro de 2009 e três meses se deixarem a fabricante até abril.

Será fornecida assistência técnica e uma indenização de 12.000 euros àqueles empregados que decidirem criar sua própria empresa.

Os empregados com direito à aposentadoria poderão deixar a empresa com uma indenização de três meses de salário.

Além disso, a Renault oferecerá formação aos trabalhadores que queiram criar outra empresa e ajudará aqueles de fora da União Européia a se reintegrarem no mercado de trabalho de seus países, se assim quiserem.

Os sindicatos criticaram e lamentaram a eliminação dos postos de trabalho pela fabricante "mais rentável da Europa Ocidental" que, segundo eles, é uma "estratégia essencialmente centrada nas margens e na redução de custos", declarou a CGT em comunicado.

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