Preço do álcool dispara 7% e falta combustível em usinas de SP

O preço do álcool na usina disparou nesta semana e superou em 9,46% o teto do acordo que havia sido feito com o governo e usineiros no início de janeiro.

Nesta semana, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), órgão da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), da USP, tanto o anidro (misturado à gasolina) quanto o hidratado (usado no abastecimento de veículos) comercializados junto a produtores de São Paulo tiveram um salto de 7%.

O preço do anidro nas usinas passou de R$ 1,07279 para R$ 1,14934 (sem impostos). Já o hidratado foi comercializado a R$ 1,15300 depois de ser vendido a R$ 1,07213.

Na semana passada, os usineiros já haviam descumprido o acordo feito com o governo e comercializaram álcool acima do teto fixado de R$ 1,05.

Os produtores afirmam que condições atuais de mercado fazem com que o acordo esteja "superado". "O governo fez um apelo e nós aceitamos e findamos vendo que não deu certo", disse o presidente da Unica (União da Agroindústria Canavieira de São Paulo), Eduardo Pereira de Carvalho.

A partir da próxima quarta-feira, entretanto, o governo determinou que seja reduzida a mistura do álcool na gasolina de 25% para 20% da composição desse último combustível. A medida vai reduzir a demanda por álcool em 100 milhões de litros por mês e pode reduzir a pressão sobre os preços.

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