Opel Insignia, sucessor do Vectra europeu

Embargos são um recurso corrente nos meios jornalísticos. Veículos importantes, mas com circulação mais espaçada, como revistas, recebem com antecedência informações importantes para não irem para as bancas com dados velhos. Assim, carros que são apresentados a jornais e sites no final de um determinado mês já estiveram com revistas cerca de 30 dias antes. O acordo é que as informações serão resguardadas até o momento da apresentação oficial dos veículos. Há casos, entretanto, em que quem recebe a informação primeiro quebra o acordo e divulga fotos e informações antes do combinado. A justificativa é sempre a relevância da notícia. Se cola ou não, o caso é que os consumidores acabam tendo acesso à informação antes do prazo. Esse foi o caso do Opel Insignia, cujas fotos oficiais deveriam ser mostradas apenas na sexta-feira desta semana, mas saíram em uma revista holandesa na terça. E o bicho ficou tão bonito quanto as nossas fotos de segredo sugeriam.

A nova plataforma Epsilon 2 permitirá que o Insignia ganhe uma carroceria mais larga e mais alta que a do atual Vectra europeu, o que significa mais espaço para os passageiros – algo vital em um segmento no qual carros como o VW Passat elevou os padrões. A bitola mais larga também representará uma experiência de direção mais interessante.

Faróis e lanternas do Insignia seguem o estilo já adotado no Astra e no utilitário Antara, com uma dianteira encorpada e um perfil de fastback. Outra fonte clara de inspiração é o conceito Opel Flextreme, que também inspirou a futura geração da minivan Meriva, com um vinco perto da porta dianteira que deve se tornar uma marca distintiva da linha européia da GM. Um habitáculo com acabamento mais bem cuidado também foi criado para manter o novo sedã competitivo diante dos rivais. E é por dentro que o Insignia pretende se destacar diante de seu antecessor.

Os modelos mais sofisticados do carro contarão com o Traffic Assist, um sistema que traz lasers e câmeras de vídeo para monitorar a estrada, as faixas de rolagem, os sinais de trânsito e outros carros, o que o tornará o primeiro carro do mundo com um sistema de monitoramento tão completo e um precursor dos carros capazes de rodar em estradas automatizadas, sem a necessidade de interferência do motorista. Outro marco do novo modelo será a versão com tração nas quatro rodas.

Também pode-se esperar que o Insignia adote o mesmo motor que equipa o Opel GTC, um V6 2,8-litros turbo de 300 cv, com mais de 40 kgm de torque, para não deixar motorista europeu nenhum com vontade de ter um V8, até porque esse V6 deve ser significativamente menos gastão. Outra opção que o topo de linha deve ter será um motor a diesel, turbo, V6 2,7-litros de 200 cv.

As dimensões do novo sedã também podem ser adivinhadas pelas do GTC: 4,83 m de comprimento, 1,87 m de largura e 2,74 m de entreeixos. A altura, de 1,43 m no cupê, não servirá de referência no sedã exatamente pelo perfil do Insignia, mais familiar e, portanto, com mais necessidade de espaço interno. Ainda não há, de todo modo, dados oficiais. Saíram fotos, mas não a ficha técnica. A estréia oficial do carro está marcada para julho, no Salão de Londres.

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