A greve dos Delegados de AL espantou a população, diz funcionário

"A greve espantou a população daqui", disse um funcionário, pedindo para não se identificar. Dois mil policiais civis e 150 delegados cruzaram os braços. "Apenas 30% dos delegados estão trabalhando, como diz a lei", afirmou o presidente da Associação dos Delegados (Adepol), Antônio Carlos Lessa.
Nas ruas, a população nem sabia da paralisação. "Não sabia nem que a polícia civil nem os delegados estavam parados. É a insegurança, né?", disse o comerciante Ademar dos Santos.
Mesmo funcionando, as condições das delegacias alagoanas são caóticas. No 1º Departamento de Polícia, no centro de Maceió, o teto de gesso caiu, depois da chuva. "Tenho 17 policiais. Sete estão trabalhando e hoje eu não trabalho. Aderi à greve. O governo tem que olhar esta situação", apontou o delegado Manoel Wanderley.
No 3º Distrito de Polícia, as celas estão superlotadas. Em cada uma, com lotação para quatro pessoas, há 18 presos. A sala da delegada está fechada porque o teto também caiu. "Todo aqui está parado. Nada funciona", avisou um funcionário, sem se identificar.
O governo não se pronunciou sobre a paralisação, mas reforçou o número de policiais militares nas ruas.

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